Uma analogia: o conflito entre gerações, um professor dogmático e um aluno questionador.

escolaUm professor toma um indivíduo como aprendiz sem que ele tenha pedido ou autorizado. O que torna o ato legal é a tradição. O professor ensina sua matéria como máxima de conduta para o aprendiz. O aprendiz vive somente na escola até certa idade. Com o tempo, passa a ter contato com ideias externas. A diferença entre as ideias do professor e do mundo externo entram em conflito na mente do aprendiz. Mas o conflito é bom, esclarecedor. Ajuda o aprendiz a conquistar sua autonomia em relação aos ensinamentos dogmáticos do professor.
O aprendiz sugere debate. Quer entrar em um consenso entre o respeito a autoridade do professor e a admiração que mantém pelas novas ideias adquiridas fora da escola. O professor se vê ameaçado. Seu aprendiz já não mais se contenta com o que lhe foi ensinado na escola. O aprendiz se sente pressionado por ter que corresponder às expectativas do professor e ser proibido de contrariar seus dogmas. O professor restringe o contato do aprendiz com as ideias do mundo externo. Ele trabalha com censura. Diz fazer isso por amor.

O professor acredita que dogmatismo, repressão do pensamento crítico e proselitismo (em detrimento do debate) é a melhor proteção contra “as más influências do mundo”. “É tudo por amor” ou “estou fazendo isso para o seu próprio bem” parecem justificativas infalíveis para o professor. O professor criou o aprendiz para ser um robozinho que obedece com conformismo a todos os comandos, sem questionar. O professor sente que se o aprendiz “se desviar” terá falhado em sua função de educador.

As ideias pregadas pelo professor já se tornaram opressoras a tudo que o aprendiz acredita. Não é egoísmo do professor esperar que o aprendiz obedeça a comandos que não o fazem feliz…apenas para não ferir seu ego de “supremo educador” ?

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