† Projeto Universo Alternativo: Everyday is Halloween

Everyday is halloween! Outubro começou corrido e eu não tinha pensado em nada de especial pra comemorar a data, até que vi no grupo de blogueiras Universo Alternativo esse evento sugerido pela Carol do blog Achados de Luna. É uma proposta de maquiagem com o tema da data mais esperada de outubro! Decidi participar e o meu objetivo era conseguir produzir um post realmente bacana, com fotos bem feitas e tudo o mais, e esse foi um dos motivos pelo qual dei algumas recaídas, pois 1) Eu não tenho tanta experiência com maquiagem e 2) não tenho uma câmera boa. Mas tenho que dizer felizmente que esses “nãos” não foram motivos suficientes. Então hoje, venho trazer uma ideia de maquiagem, e apesar de simples, espero que te inspire:

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Busquei alguma base, uma inspiração de maquiagem de Halloween na internet e o resultado foi que todas elas eram super bem elaboradas, iam além de makes artísticas. Algumas com efeitos especias, nada muito fácil – não para mim. E quando eu buscava por “‘simples” elas eram muito, muito simples… Acabei resolvendo fazer a junção de três das que eu mais gostei:

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Do primeiro exemplo, adaptei o delineador e a linha que o liga a sobrancelha. Me lembra bastante O Cisne Negro e a Elvira. Não usei sombra. Do segundo, usei a teia e parte dos outros detalhes da testa. Substituí o símbolo entre as sobrancelhas por uma meia lua. Do último exemplo, tentei o efeito “maquiagem escorrida” no olho esquerdo –  que é quase imperceptível pela qualidade das fotos. Desculpem por isso ;-\  – e finalizei com o batom preto.

Gostei do resultado, e estou pensando em numa próxima vez trazer algo mais original. Já tenho algumas ideias, quem sabe ainda esse mês elas apareçam aqui no blog! Obrigada por acessar e até mais! 

Hei, se você é blogueira, ama a cultura alternativa e também quer participar de projetos como esse é só se tornar membro do grupo no facebook pra ficar a par dos novos projetos e conhecer mais blogs alternativos. 

Mulheres no rock: Reversão das regras e críticas

Em 1975 surgia o primeiro grupo musical de rock composto apenas por mulheres: The Runaways. O choque maior, marcado pelo machismo característico de alguns tempos atrás, teria sido em função da relação contraditória da suposta delicadeza e leveza requerida em ambientes essencialmente femininos com a formação da banda e, principalmente seu conteúdo voltado à rebeldia, tema retratado comumente em bandas de rock mais tradicionais e, por assim dizer, antigas.

Cena do filme The Runaways

A atmosfera na qual as meninas estavam envolvidas acabou por mostrar ao mundo o ideal de uma mulher mais forte, madura, cujos objetivos vão muito além do que a sociedade da época esperava, talvez liberdade. E igualdade com o sexo oposto, principalmente! Mas fugir do tradicional, apesar de esse ter sido um grande passo para a inserção das “novas mulheres” na atualidade, foi também um marco na personalidade das mulheres que viriam futuramente, mas precisamente a nossa geração e a geração de nossos pais.

Enfim, redigir sobre feminismo em geral renderia um post inteiro, mas não é sobre isso que quero falar. Não especificamente! Quero falar apenas sobre as mulheres no universo do rock. Resgatando, as Runaways se sobressaíram justamente por transgredir o ortodoxo e os antigos rótulos femininos, e isso não era ruim. Não até que a dureza se tornasse ortodoxo também!

O que eu quero dizer é que com o tempo, assim que os limites femininos foram testados e conseguimos finalmente provar que somos tão capazes como eles em todos os aspectos, essa característica passou também a ser exigida pela sociedade. Eles esperam que você seja feminina, mas forte. E como qualquer coisa que cai nas exigências do povo vira obrigação, aqui estou eu para defender as atuais mulheres do rock!

Alissa W. G.

Quem conhece Alissa White Gluz, conhece também o aspecto mais marcante do seu timbre, o grutal. Frequentemente nas redes sociais vejo alguns metalheads comentando positivamente essa característica e associando-a ao único modelo de mulher forte, ao passo em que as mulheres com características opostas são exaltadas como “mimadinhas” ou “muito menininhas”. Percebem? Boa parte da sociedade alternativa rejeita regras ou tradições, mas atiram criticas a quem os contradiz. As regras vigentes são quebradas enquanto outras são criadas. Há uma reversão que tende a alimentar preconceitos tanto dentro da cena musical alternativa quanto no resto da sociedade.

Quando se trata de cultura alternativa, geralmente a estética da subcultura ou tribo remete o estilo musical característico, e isso também é um assunto amplo a ser discutido, mas enfim, quanto a isso, as mulheres iniciaram com sucesso seu papel musical na cena do rock com um atrativo a mais, que não chocou menos que a atitude: as roupas. A estética fetichista era marcante nas roqueiras daquele tempo. As vezes dito vulgar, e as vezes apenas peculiar… Mas o fato é que com o passar do tempo essas marcas estilísticas passaram a ser vistas com outros olhos dentro da sociedade alternativa. Obviamente, muitos ainda são adeptos e admiram tal estilo, mas em contrapartida, ainda há quem o ridicularize. E com isso, surgem mais desavenças e preconceitos. Sinais, de que a liberdade de expressão e de escolha, antes tão vivos na “geração rebelde”, vêm se perdendo e dando espaços a limitações.

“É uma coisa super irritante”, ela diz. “Eles estão julgando apenas pela aparência. Tabloides e toda essa merda, eles precisam preencher uma história para colocarem em palavras. Eu me visto como me visto e acho que as pessoas julgam um livro por sua capa. – Taylor Momsen sobre suas roupas.

Amy Lee

As pessoas dizem que eu não posso me vestir como uma fada. Eu digo ‘Eu estou numa banda de rock e eu posso fazer o inferno que eu quiser'” – Amy sobre sua fantasia no show.

All I Need por Sharon Den Adel, banda Within Temptation
Sharon Den Adel
Sharon Den Adel
I Miss the Misery por Lzzy Hale, banda Halestorm
Lzzy Hale