⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Novembro(2015)

Novembro é o mês de se preparar para as férias, se desesperar – ou não – com as médias escolares. É o mês do meu aniversário e também o início daquela sua crise de “o ano passou tão rápido e eu não fiz nem metade do que queria fazer”. Pois bem, rsrs. Essa última parte é bem comum para todos nós. Mas como essa é a primeira postagem da tag “Resumo do Mês”, não quero tocar nessa parte! Vamos deixar as lamentações para dezembro, rsrsr.

Então, vim falar do que de bom aprendi, fiz ou vi durante esses 30 dias:

Orquestra Filarmônica

nov 1

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Fui ao concerto de comemoração do aniversário de dois anos da Orquestra Filarmônica de Santarém. O repertório deles era demais! As canções eram alternadas, uma clássica e uma “moderna”(cover). A regência foi pelo maestro Rafael Brito. Para encerrar a noite, o grupo de músicos, assim como a plateia receberam um grande presente para o evento: a presença da Natália Vidal, violinista do Teatro da Paz em Belém! Muito bom, de verdade! Não vou perder o próximo, com certeza!


Feira do Livro

nov 2

Cheguei a visitar dois dias da Feira do Livro Pan-amazônica de Santarém e em ambos o local estava lotado. Tinha muita, muita gente, de todas as idades. O interessante é ver pessoas com os mesmos gostos, rodeando as mesmas bancas que você; e encontrar nelas aspectos em comum sem dizer uma só palavra.  Eu olhava para tal pessoa e dizia mentalmente: “eu também gosto desse”, ou “eu também gostaria de ler esse”…


Museu João Fona

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Eu moro em santarém há pouco mais de oito meses e no Pará há quase cinco anos. Eu tenho que dizer que a princípio conhecer a cultura daqui não me interessava nem um pouco. Eu cheguei do Centro-oeste com uma mentalidade contaminada de estereótipos. Sim, eu costumava desvalorizar essas características culturais, porque tudo o que eu conhecia era sobre os índios, a descendência bugre e coisas do tipo – tudo isso aprendido a força nas extensas – e obrigatórias na Região Norte- aulas de Estudos Amazônicos.

Enfim, eu conhecia pouco e o pouco que conhecia me parecia o suficiente. Até aqui já dá para imaginar o que aconteceu? Sim, eu conheci alguns detalhes a mais sobre a cultura paraense logo que visitei o museu João Fona! E adorei.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Playlist: Björk

Conheci Björk ainda esse ano com a música Lion Song do último album, o Vulnicura. Amy Lee havia publicado no twitter sobre estar dançando lentamente a música com seu filho Jack Lion. Ok, eu disse, vamos ouvir algo novo! E fui pesquisar mais sobre a artista e suas músicas.

Há tempos que nutro uma admiração pela música dos países nórdicos, mas até então só conhecia o Heavy Metal dos arredores e da própria Finlandia. Björk é Islandesa. Depois de descobrir isso, eu ja sabia mais ou menos o que esperar. Escutei Vulnicura do começo ao fim e me apaixonei pelo som e ainda mais pelas composições. Fiquei impressionada com profundidade dos temas tratados e pela concepção artística da Björk.

O nome do album, Vulnicura, significa “Aquele que carrega uma ferida”, e segundo os fans de longa data, o disco inteiro representa a parte mais humana da cantora que antes tratava de temas alternativos com sons alienígenas(estranho ou não? ).
Vulnicura é realmente bem pessoal, éum desabafo, um album típico de coração partido – a causa é o rompimento de seu casamento de 13 anos com Mattew Barney – mas na opinião muito mais expressivo e bonito que todos os outros.
Eu estava acostumada a generalizar as músicas mais profundas como aquelas em que o cantor precisa esgotar todo o fôlego para atingir o êstase da canção, mas então ouvi Björk. A voz tão suave e que transmite emoções até demais sem usar de acordes altos o tempo todo… ♡ Além disso, utro detalhe pelo qual me interessei foi o uso de violoncelos e batidas eletrônicas em uníssomo – já devo ter falado aqui no blog o quanto eu amo contrastes musicais. Realmente incrível…
Ultimamente não paro de ouvir as faixas Cocoon e Black Lake. Vou linkar algumas músicas no final do post pra quem quer ouvir. Fiquem a vontade e se preparem para um jorro de excentricidade:

Stonemilker – Björk

Um destino justaposto
Encontre nossas coordenadas em comum
Momentos de clareza são tão raros
É melhor eu registrar isso
Afinal, a vista é feroz
Tudo o que importa é
Quem está de peito aberto
E quem coagulou
Quem pode compartilhar
E quem obstruiu as chances

Black Lake – Björk

Você teme minhas emoções sem limites
Estou cansada das suas obsessões apocalípticas
Será que te amei demais?
A devoção me entortou até quebrar
Então me rebelei e destruí
O ícone

Cocoon – Björk

Quem iria conhecer
Essa imensa beleza
Quem iria conhecer
Um transe santo
Quem iria conhecer
Essa respiração milagrosa
Para inalar um confronto
Carregado de coragem

Quicksand – Björk

Este túnel permitiu
Milhares de sons
Agradeço a este tronco
Tubo de ruído
Tenho seguido um caminho
Que requeriu sacrifícios
Agora eu sacrifico essa cicatriz
Você pode cortá-la fora?

Lion Song – Björk

Eu me recuso
É um sinal de amadurecimento
Estar preso em complexidade
Eu exijo clareza

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Playlist: Apocalyptica

Há algum tempo eu estava navegando a toa pelo Youtube, assistindo videos de músicas que eu adorava mais ainda não havia visto o clipe. O Youtube mostra na barra lateral alguns videos, resultados de pesquisas relacionadas a que eu acabava de fazer. E lá estava “I Don’t Care – Apocalyptica feat. Adam Gontier”, o vocalista do Three Days Gace. Até então eu já tinha lido alguns comentários sobre o Three Days Grace e ouvido algumas músicas apenas pela rádio. E então, buscando conhecer mais a banda eu acessei, mais pelo feat. que por “Apocalyptica”. E então a música começou. Fiquei alerta assim que ouvi o som super grave dos violoncelos no início. Em seguida, o que me prendeu a atenção foi o contraste daqueles homens visivelmente alternativos portando instrumentos de sinfonia. Eu adoro essas misturas, as músicas que se iniciam lentas e te fazem esperar nada mais que uma melodia super tranquila e calma e depois de algum tempo explodem! Foi assim com a música I Don’t Care da Apocalyptica. O início é bem melodioso e compassado, o refrão explosivo e cheio de sons vibrantes! Além disso, o clipe faz analogia entre o formato dos violoncelos e as formas femininas(assista no final do post). – Isso tudo me atingiu em cheio, no meu “ponto fraco musical”, o Metal Sinfônico(Symphonic Metal), exatamente esse mix de heavy metal e música erudita característico da Apocalyptica.

I Don’t Care se tornou para mim uma daquelas músicas que quando você descobre tem a sensação de que vai escutar até enjoar e depois percebe que não, você não vai enjoar! Como se não bastasse, descobri dias depois que a banda também gravara feats. com a Lacey Mosley, ex vocalista e compositora da banda Flyleaf (música “Broken Pieces”), Christina Scabbia, vocalista do Lacuna Coil – metal sinfônico também, para minha euforia -, e o Corey Taylor do Slipknot, além dos vocalistas de The Rasmus, Ramstem, Him, Pantera, Bullet For My Valentine, etc. Além disso, encontrei entre os oito álbuns da banda, o chamado “Plays Metallica by Four Cellos”(1996), nada menos que uma coletânea de covers da Metallica só com violoncelos! – Nothing Else Matters, último video do post.

O grupo finlandês atualmente é formado por três violoncelistas e um baterista:

Perttu Kivilaakso, Paavo Lötjönen, Mikko Sirén, Eicca Toppinen (da esquerda para a direita)

Segue abaixo imagens da banda e os clipes de algumas músicas citadas no post:


Headbanger e violoncelos! (Eicca & Perttu)
O Perttu Kivilaakso me lembra o Tuomas Holopainen do Nightwish